sexta-feira, 7 de outubro de 2011

UMEI GERALDO MONTEDÔNEO BEZERRA DE MENEZES

A METAMORFOSE AMBULANTE, O ENCONTRO DO CASULO DA LAGARTA E DA BORBOLETA.
Maria Inês de Azevedo Ventura.

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Raul Seixas
Quando iniciei minha carreira em 1981 tinha 19 anos, pouca experiência, estava recém formada no curso de formação de professores do Instituto de Educação Ismael Coutinho.
Era um casulo, aprisionada dentro de uma prática conservadora e reprodutora, que aprisionava mente e corpo .
As crianças borboletas livres, soltas, coloridas, saltitantes, felizes e criativas. Mas a escola as transformava em lagartas, que se arrastavam entre as folhas sem conseguir voar, só restando sentir o cheiro das flores e a doce brisa da primavera.
A história começa assim, era uma vez um casulo, uma lagarta e uma borboleta que não viveram felizes para sempre, pois viver é um ato de experimentação, sensação, sofrimento e crescimento, e essa história começa sem ter fim.
O fim é só o começo do processo de metamorfose, entre mim e a professora que se inventa e se define no chão da escola.
Comecei a lecionar no jardim de infância na Escola Monsenhor Uchôa, em Tenente Jardim. Minha primeira experiência foi com crianças de 3,4 e5 anos. A turma era mista. Era um grande desafio elaborar atividades diferentes, visto que à escola usava o livro MEU JARDIM, e cada grupo tinha seu livro.
Cada criança tinha três livros: Português, Matemática e Estudos Sociais. Era uma verdadeira loucura dar conta de tantos livros com crianças de faixa etária diferente. Nessa época a educação infantil se destinava unicamente a preparação para o ensino fundamental.
Deixando assim a lagarta imóvel, o casulo amarrado e a borboleta sem asas para voar.
As crianças tinham que aprender o alfabeto, as vogais, os números , escrever seu nome com letra cursiva, somar, subtrair etc. Sem espaço para brincar e ser criança, sem asas para voar, imaginar ,sonhar ,sem poder experimentar e se descobrir, preso dentro do corpo da lagarta.
Ao invés de pular se arrastava, ao invés de brincar, sentava na cadeira da escola. Seu corpo pede liberdade, sua essência é a felicidade, o movimento contido pelos exercícios de controle motor, sua linguagem silenciada.
Eu nunca sentei com meus alunos para fazer a roda de conversa, para escutar suas vozes, seus sentimentos e vontades. Isso não era importante. Os livros didáticos adotados era prioridade absoluta.Os pais cobravam seu uso diário. A direção exigia as atividades mimeografadas de controle motor e as atividades de casa.
De dentro do meu casulo eu achava que educar crianças pequenas é preparà-las para a escola para a alfabetização,para usar técnicas,para seguir modelos,para fechar a mente para o desconhecido, reproduzir ideias que não suas, obedecer sempre sem questionar, impedir que as crianças alcancem voo por suas próprias pernas.
Ser casulo é isso, impedir o sol de nascer, fechar os olhos para o mundo, e nunca permitir que uma lagarta vire uma linda borboleta, porque elas são perigosas para a nação, são livres , são desobedientes e adoram transgredir ordens, pois não se contentam com o conformismo e a mesmice.
Os cadernos tinham que ter carimbos de bichinhos com palavras de ordem, do tipo: você é capaz, melhore a letra, atenção, capriche mais, etc.
Não se discutiam a importância das histórias.As múltiplas linguagens, a concepção de infância. A criança era tratada como um objeto, sem história, vazia de sentimentos e emoções, uma tábua rasa, um depósito de informação.
Lecionei nessa unidade até 1986, quando entrei para a rede municipal de educação de Niterói.
Aí começa minha metamorfose.
Primeiro casulo. Depois lagarta que se transforma em borboleta. Livre , leve, capaz de refletir sobre sua prática, de se libertar da concepção de educação reprodutora, preparatória. Minha prática foi se modificando, foi se ressignificando.
Virar borboleta foi um ato de amor a minha profissão, e amor ás crianças. Pode até parecer piegas demais, mas assim se deu minha transformação. Não foi da noite para o dia. Foi um processo árduo e de sofrimento.A mudança acontece de dentro pra fora, é visceral, exige coragem.
Mudar não é fácil, mais necessário para a evolução das espécies vivas.Mudar é se adaptar a novas situações, é ruptura de valores e concepções. Mudar é crescimento.
Minha primeira lotação foi na creche Odilo Costa Neto, mantida por uma entidade filantrópica, NÓS ( obras sociais). Essa creche era fiscalizada pela secretaria do Bem Estar Social. Os funcionários eram lotados nessa secretaria. Não eram professores. Eram auxiliares de creche.
Como era conveniada pela prefeitura, recebia alimentação e as vezes professores, visto que não se podia ter professores em creche, consegui essa vaga a pedido da professor Elvirane, na época ela trabalhava na secretaria como diretora do departamento de educação.
Ao chegar na creche assumi o 3º período. Comecei a participar das capacitações oferecidas pela Secretaria de Educação. As discussões surgiam , questionamentos sobre a função da pré-escola, as concepções pedagógicas, as teorias de aprendizagens, as tendências pedagógicas, a concepção de infância.
Eu não cabia mais dentro do casulo.Precisa alcançar voo, construir minha identidade enquanto professora , me potencializar para poder desenvolver minha função com competência, leveza, sensibilidade e alegria.
Como diz a música, . É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir. Precisava tecer o amanhã, com fios de esperança ter fé na vida, , precisava muito acreditar na possibilidade de transformação da escola e da sociedade
Precisava buscar minha linha de trabalho, minha identidade profissional, para isso era necessário estudar, conhecer as teorias, e experimentá-las na sala de aula, para poder avaliar o que dava certo, e com isso definir minha prática pedagógica.
Quando achei que tinha encontrado meu caminho, dentro de uma unidade de educação infantil, veio a ordem da secretaria que precisava sair, pois estavam faltando professores nas escolas, como já havia dito, em creches não podia ter professores.
Fui então locada na Escola Municipal Ernani Moreira Franco, Cheguei em maio de 1989, estava voltando da licença maternidade.
Ao chegar na unidade fui recebida pela diretora que me disse a seguinte frase :Essa turma tem só 18 alunos, você vai poder fazer um trabalho de professora particular. Porém ela se esqueceu de mencionar que os alunos não estavam alfabetizados, e a faixa etária era dos 10 anos aos 18 anos, alunos com uma história de fracasso escolar séria.Com baixa estima, problemas sérios de aprendizagem.
Só restava fazer três coisas, voltar para o casulo, reproduzir o ideário da escola reprodutora, mecanicista. Ser lagarta e fazer o que todos faziam, seguindo o método sem refletir sobre o processo da leitura e escrita ou ser borboleta, voar alto, buscar um caminho , um norte para desenvolver meu trabalho com esses alunos.
Não podia voltar para o casulo, caso contrário, tudo que tinha aprendido , todo trabalho que tinha construído teria se perdido, se eu desconsiderasse os seguintes pontos: As teorias servem para fundamentar a docência de qualquer segmento, ou faixa etária. A aprendizagem é um processo dinâmico que vai se significando com o tempo e com as proposta de trabalho desenvolvido.
Sendo assim tudo pode ser adequado e modificado. Quem define o trabalho é o professor junto com os alunos, não existe receita pronta, ou método que de conta sozinho do processo de ensino e aprendizagem.
Estava em maio.
E precisava alfabetizar esses alunos. Como? Qual o método adotar ?
As dúvidas eram muitas. Na busca de respostas procurei orientação com as professoras que estavam com as turmas de alfabetização. Me surpreendi com o método adotado na rede, silabação. O método era em etapas, que ia da primeira a sétima. Não entendia muito a proposta de se dividir a alfabetização em etapas.
Como estava estudando a teoria psicogenética de Jean Piaget através dos estudos da pesquisadora Emília Ferreiro, ainda que muito embrionariamente fui me aprofundando na teoria e desconstruindo a minha visão de alfabetização mecanicista e fragmentada que desconsidera o saber acumulado do aluno.
Novamente precisava definir minha prática, minha ação pedagógica. Queria desenvolver um trabalho consistente, fundamentado, capaz de alfabetizar um grupo totalmente heterógeneo em pouco tempo.
Era um desafio que decidir vencer .Como não sabia? Não tinha receita pronta. O método da escola certamente não daria conta, precisava então definir uma linha de trabalho eficiente.
Mais uma vez o casulo me aprisionava, me enrijecia, me silenciava. Nunca precisei tanto da borboleta como naquele momento, soltar as asas e voar alto , sentindo o vento no rosto e na alma.
A metamorfose precisava acontecer imediatamente ,e se deu o que parecia impossível. Trouxe minha experiência de professora da pré-escola para a escola de verdade, o ensino fundamental.
Iniciava minhas aulas com uma história. Arrumei minha sala em círculo. Discutia com os alunos temas diversos, todo dia tinha um novo desafio para o grupo resolver. O trabalho era sempre em dupla ou em grupo de 4 alunos.
O conhecimento circulava. Seus saberes eram socializados e respeitados. Não existia o não sei e sim vou tentar. Todos se ajudavam. O individual deu lugar ao coletivo. O grupo se fortalecia e com isso a aprendizagem acontecia.
O método adotado se fundamentou na teoria de Piaget, nas relações de trocas entre os parceiros mais experientes, na exploração do ambiente, nas relações pessoais e interpessoais. O grande diferencial foi a descoberta que todo casulo se transforma em lagarta que um dia vira borboleta.
É preciso ter paciência com a lagarta , para poder deixar nascer a borboleta.
Toda minha experimentação com a pré-escola foi útil no trabalho com o ensino fundamental, a concepção de educação não se modifica, ela se ressignifica, na busca de um novo fazer.
Madalena Freire no seu livro "paixão de se descobrir o mundo", diz que as vezes é preciso se apaixonar, se envolver de corpo e alma, que a educação é visceral; algo que te domina, que te motiva a descobrir o mundo, a se libertar do seu casulo, a abrir um universo novo de possibilidades.
Me apaixonei pela alfabetização.
Investir minha carreira no magistério na busca de um trabalho de excelência, estudei, me aprofundei na área, minha formação acadêmica foi toda direcionada com a alfabetização, escrevi minha monografia sobre a trajetória do leitor no espaço escolar.
Fiz Especialização e o PROFA, além de participar de grupos de estudos e ser coordenadora do núcleo integrado de alfabetização na escola,onde trabalhei até 2002. Durante esse tempo todo trabalhando com classe de alfabetização.
Em 2003 fui trabalhar na Escola Rachide da Glória Sacker a convite da diretora para exercer a função de coordenador de turno, porém não me afastei da alfabetização.Fazia dupla regência em outras unidades da rede.
Meu retorno à educação infantil se deu em 2007, na unidade de educação infantil NAEI SANTA ROSA, hoje Geraldo Montedôneo Bezerra de Menezes.
Novamente precisei me redefinir enquanto profissional, me inserir ao trabalho da umei, foi aí que tive a certeza de que cada um é fruto de suas descobertas de seu inventário social, cultural e histórico, não havia mais o que se definir.
Eu já tinha clareza minha identidade profissional.
Sabe a história do casulo da lagarta e da borboleta? Como termina?
Com o poema
O CASULO E A METAMORFOSE
Casulo local escuro, apertado e quente
Casulo sufocante, me oprime como gente grande
Casulo me aprisiona, não deixa eu me mexer
Parece concordo com tamanha violência
Me estico com força e escuto algo se romper
É a danada da lagarta que acaba de nascer
Rolando pelo chão ela vai sobrevivendo
Os dias de muito calor ela sobe pela flor
Nos dias de muita chuva
Ela se esconde entre as folhas
Com fome devora plantas
Bebe o orvalho da madrugada
Num belo dia de primavera
Veja que coisa mais engraçada
A pobre da lagarta se liberta
Do seu corpo e se transforma
Em uma linda borboleta
Colorida, alegre , leve, saltitante
Feliz e curiosa
Se descobrindo e se reinventando
seu lema é voar ,voar, voar
sua busca é infinita
Assim como sua fé na vida
Ela quer ser uma metamorfose ambulante,....
Maria Inês de Azevedo Ventura

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Apresentação do Blog do GREI 6

Esta atividade pedagógica teve como proposta a apresentação do blog e sites de pesquisa sobre a biodiversidade da Região Amazônica, além disso, objetivou-se o reconhecimento do blog do GREI como ferramenta de informação, pesquisa e interação social.






sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trailer do Filme Tainá 2

Texto coletivo dos alunos construído após leitura da lenda Cobra Norato

KOKUÃ, O DEFENSOR DA FLORESTA

Kokuã é um índio da tribo carajá que vive na Amazônia, por ser encantado ele se transforma em cobra. Ele caça e pesca para alimentar a sua família da aldeia.
Kokuã protege a floresta dos caçadores e da cobra Maria Canana, sua irmã gêmea que assusta e vira os barcos dos pescadores.
Quando Kokuã se transforma na cobra Norato ele se esconde nos iguarapés para defender e proteger os animais da floresta e sua tribo. Cobra Norato prende sua irmã no iguarapé ela fica sem comer e acaba morrendo de fome. Kokuã é o indio mais velho da tribo, ele conhece todas as ervas, remédios, animais e plantas da floresta Amazônica .
   

Esta atividade foi realizada na oficina do lego zoom , os alunos utilizando o kit lego construiu o índio e a cobra da lenda da Cobra Norato.











Projeto Amazônia


Projeto Amazônia

PÚBLICO ALVO
Alunos do 6°  ano – Educação Infantil – Grupo de Referência Educação Infantil 6
Unidade Municipal de Educação Infantil Geraldo Bezerra de Menezes   

JUSTIFICATIVA
A forma mais intensa com que as mudanças climáticas e os fenômenos naturais estão ocorrendo, tem deixado a população assustada e preocupada com o futuro do planeta. As intervenções humanas sobre a natureza são os maiores responsáveis pelo desequilíbrio do ecossistema, ocorrendo com isso grandes catástrofes, tais como as enchentes recentes em todo o estado do Rio de Janeiro, os desmoronamentos causados em virtude do desmatamento das florestas e encostas para construções irregulares, a extinção de espécimes devido ao tráfico de animais silvestres, tudo isso, conseqüência da ambição e do mau uso dos elementos naturais e da falta de consciência ecológica.
Por ser a Amazônia o foco das discussões mundiais devido a sua grande reserva de biodiversidade e ser reconhecida como o pulmão do mundo e como Patrimônio da Humanidade em 2000 pela UNESCO. Além disso, o ano de 2011 foi declarado oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o ano internacional da floresta, tendo em vista, “a importância da preservação das florestas para a garantia da vida no planeta” (www.planetasustentável.abril.com.br). O projeto Amazônia tem a finalidade de orientar aos alunos sobre a importância do equilíbrio ambiental na preservação das espécies e da cultura, através de reflexão maior sobre as nossas atitudes e o uso indiscriminado dos recursos naturais.
Desta forma, o tema proposto para o projeto com o 6º. ano do grupo de referência desta unidade de educação infantil, foi a Amazônia, sua biodiversidade e cultura.

OBJETIVOS
Conhecer a Amazônia através da sua biodiversidade (fauna, flora), povos e cultura.
Compreender a importância e necessidade de preservação do meio ambiente e da cultura.
Reconhecer a importância de atitudes positivas de preservação dos recursos naturais.

CONTEÚDOS CURRICULARES
Tecnologia da informação
Letramento
Linguagem matemática
Literatura Infantil e de Cordel
Narrativas do inventário cultural (lendas, parlendas e as histórias do contexto social das crianças)
Leitura de gráfico
Animais selvagens
Plantas/ ervas medicinais
Tipos de moradia
Água
Organização do pensamento
Pensamento reflexivo
Oralidade
Expressão Corporal

MÍDIAS E NOVAS TECNOLOGIAS
DVD (filmes e documentários)
Computador e notebook
Data show
Internet (sites de instituições e pesquisa)
CD (músicas)
Máquina fotográfica digital (registro das ações e exposição do desenvolvimento do trabalho)
Filmadora (elaboração e produção de um curta – releitura do filme Tainá)
Aquisição do Programa VDownloader para baixar vídeos e documentários do You Tube
Aquisição do Programa 4share para baixar músicas indígenas e a trilha sonora do filme
Tainá
Lego zoom

METODOLOGIA
O projeto teve início a partir da exibição do filme Tainá. Ao longo desta exibição as crianças foram observando e identificando diversas situações incomuns a sua própria cultura, como: tipo de vestimentas, palavras, costumes, brincadeiras, expondo nesse mesmo momento suas curiosidades e encantamento. Fez-se necessário inclusive, algumas intervenções ao longo da exibição do filme para que as curiosidades fossem sanadas e algumas situações decorrentes da trama fossem melhor compreendida.
A biodiversidade apresentada no filme estimulou o reconhecimento de alguns animais típicos da fauna amazonense e o conhecimento de outros, como o bicho preguiça. Um animal que teve destaque para o grupo foi à cobra. Como a temática do filme trazia a interação entre animal e pessoa (a busca/encontro por um animal órfão que se tornaria de estimação, ação comum a cultura indígena) as crianças fixaram-se e repetiam o nome deste tipo de animal – xerimbabo. Esta ação propiciou a busca e a oferta de outros vocábulos indígenas (e seus significados) a ser introduzido no repertório de vocabulários do grupo.         
Após esse momento o grupo participou de uma discussão informal sobre a temática trazida no filme e as curiosidades da cultura indígena apresentada. Os alunos se mostraram entusiasmados com o que estavam vendo e vivenciando.
A partir deste momento as rodas de leitura do cotidiano escolar, trouxeram temas relacionados à cultura da Amazônia (lendas, biografia de Chico Mendes, histórias sobre a cultura indígena, imagens específicas, degustação dos sabores da região). Neste momento além do trabalho de escuta, concentração e atenção, incentiva-se e estimula-se a interpretação da leitura através da exposição oral e do grafismo. Em alguns momentos da ação do grafismo, foi propiciado ao grupo a audição de músicas indígenas, possibilitando aos mesmos um tipo de interação com a cultura, de forma imaginativa e criativa, a fim de estimular suas produções.
Tendo em vista que o animal de interesse do grupo foi a cobra, providenciou-se uma visita ao Instituto Vital Brasil, para a apreciação da exposição destes répteis e da extração de veneno de cobras e escorpiões, mas antes disso, o grupo teve oportunidade de através da internet, conhecer e reconhecer os tipos de cobras existentes no Brasil e especificamente na região amazônica. Nesta etapa do projeto foi questionado aos alunos se eles conheciam o computador e a internet e poucos se manifestaram. Foi percebido que o computador, enquanto um equipamento para a produção de trabalho e execução de jogos era algo de conhecimento da maioria, mas a sua utilização na exploração da internet foi algo surpreendente.     
As explicações sobre a importância da internet, enquanto espaço de conhecimento foi oferecida aos alunos de forma prática. Entramos no site do Instituto Vital Brasil, (IVB) inclusive trazendo à tona a reflexão sobre o significado de “espaço virtual” e espaço físico, exploramos a identificação do endereço eletrônico e soletramos as letras que o compunha, fazendo uma analogia com o endereço da nossa escola, das residências dos alunos. Os alunos tiveram explicações sobre as funções e importância deste Instituto e puderam conhecer através dele os tipos de cobras existentes no Brasil. Houve a identificação e compreensão sobre cobras peçonhentas e não peçonhentas, os nomes das cobras e sua classificação também foi conteúdo explorado neste encontro. Escrevemos todos os tipos existentes e procuramos conhecê-las fisicamente, através do site. Como o site não apresentava imagens destes animais, exploramos de forma coletiva na internet um site de busca que nos pudesse oferecer as imagens que os alunos gostariam de ver. Então foi explicado aos alunos o que seria um site de busca e apresentado o Google como proposta para esta pesquisa. Os alunos também foram alertados sobre o perigo para este tipo de ação, pois às vezes poderíamos ter acesso a informações inadequadas, sendo necessário sempre que essa exploração fosse feito junto com uma pessoa adulta.
Os alunos puderam identificar e reconhecer diversas cobras brasileiras, tendo a oportunidade inclusive de assistir a um vídeo de uma cobra comendo um ovo, ficaram impressionados e encantados com esta vivência, sendo constante inclusive o pedido para que esta prática (da utilização da internet pata ver as cobras) fosse feita novamente.
O projeto encontra-se em andamento, com práticas como esta, além de outras, como a utilização do Lego zoom para a resolução de situações problemas referentes a temática de preservação do meio ambiente.
Foi percebida a importância de se atrelar em nossa prática pedagógica, vivências concretas (imagens, filmes, documentários, música), através das novas tecnologias por compreendermos que estas ações estimularão o processo de imaginação e aprendizado dos alunos, além de inseri-los nesta nova era digital.    


AVALIAÇÃO
Os alunos têm demonstrado muito interesse pelas propostas pedagógicas. A assiduidade dos mesmos, a realização das atividades, a busca por concentrar-se nos momentos da execução das mesmas, a exposição oral ou corporal de informações trazida pela maioria dos alunos, as idéias propostas, enfim todas as ações decorrentes do cotidiano escolar têm demonstrado que os alunos encontram-se em processo de aprendizagem constante.


AUTOAVALIAÇÃO
Com o compromisso de oferecer informações e possibilitar a processo de aprendizagem dos alunos do GREI 6, estamos sempre presentes nos dias letivos e executamos o trabalho de forma planejada e organizada, pois entendemos que a disciplina faz parte do processo ensino aprendizagem. O planejamento é feito através de pesquisa (livros didáticos, literatura, internet, documentários, filmes, imagens) dos conteúdos a serem trabalhados e preparo de todo o material necessário para a execução da atividade (ferramentas da tecnologia da informação, material escolar, entre outros).
Os conhecimentos trazidos pelos alunos são respeitados e utilizados em nossas propostas pedagógicas, inclusive a participação dos pais no que se refere à cultura familiar (costumes trazidos de suas regiões de origem).  
As professoras que atuam no GREI 6 são a Professora Maria Inês com formação normal superior, pós gradução em supervisão, orientação e administração escolar, Curso de extensão em Gênero e Diversidade na escola e Curso de especialização em Alfabetização e a professora Aparecida Abreu com formação superior em Psicologia (FAMATH), pós graduação em Administração de Recursos Humanos (ISEP), especialização em Gerenciamento de Projetos (UERJ),  mestrado em Engenharia de Transporte (UFRJ) e atualmente realiza um curso de especialização em Educação Especial e Inclusiva (CEDERJ). 

SUGESTÕES DE OUTRAS ATIVIDADES
Criar instrumentos musicais típicos do povo indígena
Criar objetos, instrumentos, histórias e brinquedos (roteiro de filme e literatura de cordel)
Visitar a tribo indígena localizada na praia de Camboinhas em Niterói, para reconhecimento da cultura e o Museu Histórico de Itaipu  
Visitar uma fábrica de cerâmica para verificar como são produzidos os utensílios
Confeccionar adornos, vestimenta e utensílios da cultura indígena
Trabalhar com argila e sucata para a criação de objetos (instrumentos, utensílios e adornos) através das diferentes oficinas.
Conhecer a Literatura de cordel
Criar livretos com a literatura de cordel
Construir um mosaico com colagem de sementes (trabalhando de forma coletiva)
Criar um blog sobre a cultura indígena e a importância da preservação das espécies e da natureza
Criar um email da turma para interagir com as redes sociais trocando informações sobre os problemas presentes na região norte. (através das ONGs e instituições que trabalhem com a preservação)
Explorar  sites (IBGE - pesquisa sobre a população, tamanho o tamanho da região – medidas e proporções) entre outros) 
Conhecer e compreender os gráficos e estatísticas
Construir e ler gráficos e estatísticas
Site IBGE (pesquisa sobre a população, tamanho o tamanho da região – medidas e proporções)
Trabalhar com gibis da turma da Monica (índio, etc)
Criar uma história sobre a Amazônia a partir da releitura do filme Tainá
Elaborar um roteiro para um curta metragem com base nesta história
Escolher o elenco do filme
Produzir o curta metragem
Conhecer e compreender o que é necessário para uma produção de um filme (cenário, personagens entre outros).
Exibir o filme para a comunidade escolar da UMEI 

Aprender a criar (desenhar, animar) nos programas de computador (Kid pix, Power point, Print Art)